Date: Março 20, 2023

Author: Eu Consigo

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Sabia que a pessoa que sofreu um AVC…


…Pode continuar a alimentar-se sozinha?


É verdade! Muitas vezes assumimos que uma pessoa que sofreu um AVC não consegue movimentar ou que tem poucos movimentos activos num dos membros superiores, sendo incapaz de se alimentar sozinha ou necessitando sempre de ajuda.


Ter apenas um membro na sua condição normal nem sempre é impedimento para se alimentar sozinho.
Na verdade, existem algumas formas de facilitar essa actividade de modo que a pessoa se torne mais autónoma.


Quando existe algum tipo de movimento remanescente no membro superior afectado, deve-se sempre estimular a utilização desse membro na sua alimentação autónoma. Para tal, é fundamental que o membro afectado esteja em cima da mesa, lateralizado ao prato. Desse modo, pode-se recorrer a esse membro para, por exemplo, estabilizaro prato, encostando a mão ao mesmo, durante o período da alimentação.


Deve-se estimular a utilização do lado afectado, quer seja no manuseamento do talher desse lado (mesmo que seja necessária alguma adaptação no talher para facilitar a pega ou algum apoio do familiar ou cuidador), quer seja na ingestão de líquidos, segurando o copo com ambas as mãos para o levar à boca.


A adaptação do talher pode ser feita através do engrossamento do cabo (quando a pessoa não consegue fechar totalmente a mão afectada) ou pela substituição por outro talher de mais fácil utilização, como por exemplo substituir a faca por um cortador de piza utilizando o membro são (para alimentos moles), ou substituindo o garfo por uma colher.


Por vezes é aconselhável um rebordo alto que se adapta ao prato, aberto na zona da frente para permitir a recolha dos alimentos com os talheres, o que faz com que, ao colocar a comida no talher contra o rebordo, esta caia para o talher e não se espalhena mesa.


Para evitar que o prato se desloque durante a refeição, pode-se colocar um material antiderrapante por debaixo do prato ou recorrer a um prato com ventosa na base, fixando o prato à mesa.

Através destas adaptações, a pessoa que sofreu o AVC consegue ter uma alimentação mais autónoma enquanto estimula a acção do membro superior afectado, permitindo uma refeição em simultâneo com o familiar ou cuidador, trazendo maior naturalidade ao período da alimentação.

Saiba mais sobre capacitação da pessoa vítima de AVC consultando um terapeuta ocupacional, aqui.

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