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Reabilitação pós-AVC

    Reabilitação pós-AVC

    Os Terapeutas Ocupacionais abordam os desafios físicos, cognitivos e emocionais causados pelo AVC e podem ajudar os sobreviventes a realizarem as tarefas que querem e precisam de fazer. As dicas que se seguem são da autoria de terapeutas ocupacionais que trabalham com pessoas que estão a recuperar de um AVC.

    Um acidente vascular cerebral (AVC) pode causar paralisia temporária ou permanente de uma parte lateral do corpo. Pode também afectar o equilíbrio, a memória, a fala, o desempenho cognitivo, e causar complicações como espasmos musculares e dor. Por estes motivos, pessoas que tiveram AVC podem sentir dificuldades com actividades da vida diária (ocupações) tais como tomar banho, vestir-se ou gerir a sua casa, bem como desempenhar os seus papéis enquanto membro da família e comunidade (mãe/pai, marido/mulher ou empregado, entre outros). Veja o que está ao seu alcance fazer, e como o terapeuta ocupacional pode ajudar.

    Papel do Terapeuta Ocupacional na reabilitação pós-AVC

    Manter-se independente, mesmo com um lado paralisado

    Quando há paralisia lateral, há sempre a preocupação de manter o máximo de independência possível. Deve-se procurar conservar energia, concentrando em fazer as coisas que são mais importantes si e pedindo ajuda para as menos importantes. Opte por mandar entregar coisas em casa. As compras pela internet podem ser uma óptima forma de conservar energia, visto que não tem de se deslocar ou carregar pesos. Pode também considerar a hipótese de se juntar e a um grupo de apoio para sobreviventes de AVC.

    Conte com o terapeuta ocupacional para:

    – Ensinar técnicas para fazer coisas só com uma mão, por exemplo abrir um frasco/pacote, vestir-se, preparar alimentos ou usar o computador;
    – Fornecer equipamento (produtos de apoio, adaptações), que permitem reforçar as suas competências para realizar ocupações de forma independente;
    – Dar instruções aos cuidadores sobre como ajudarem a aumentar a independência com que desempenha as actividades que mais valoriza.

    Aumentar a segurança em casa

    As normais condições de segurança em casa devem ser revistas quando há um sobrevivente de AVC em recuperação. Os tapetes devem ser removidos para evitar quedas, bem como todos os objectos desnecessários. A iluminação deve ser suficiente e à noite deve dispor de luzes de presença para que não haja a tentação de se deslocar às escuras. A instalação de barras de apoio e a utilização de um banco para o banho são também recomendáveis para evitar quedas. As escadas devem ser evitadas sempre que possível. Deve considerar-se a hipótese de usar um sistema de alerta portátil para pedir ajuda se necessário. Os sapatos não devem ser chinelos, devem ser práticos mas robustos e não podem cair do pé.

    Conte com o terapeuta ocupacional para:

    – Fazer uma avaliação completa para identificar as capacidades, as competências e os deficits, criando um programa terapêutico baseado nas necessidades e preferências da pessoa em causa;
    – Providenciar uma avaliação da casa para determinar se há suficiente segurança. Observar a pessoa enquanto desempenha as suas actividades da vida diária, e fazer recomendações sobre produtos de apoio e adaptações que possam ser feitas com base na sua condição física, necessidades e objectivos;
    – Ensinar a pessoa e os seus cuidadores e fazer transferências para que levantar-se, entrar ou sair da cama, ir à casa de banho, tomar banho e realizar outras actividades não resulte em cansaço desnecessário ou lesão.

    Aumentar a força e resistência

    Sempre que possível, faça as coisas por si, sem ajuda. Lembre-se que até pequenas actividades – por exemplo levantar-se e ir buscar um copo de água – ajudam a tornar-se mais forte. Tente fazer exercícios leves ou alongamentos todos os dias.

    Conte com o terapeuta ocupacional para:

    – Usar actividades vulgares que são significativas para a pessoa para melhorar a função, a força e a resistência. Essas actividades podem incluir jardinagem, tratar de um animal, cozinhar ou tarefas domésticas, por exemplo.
    – Criar um programa individual que ajude a usar a parte do corpo afectada de forma segura e a recuperar força, equilíbrio e movimento funcional.

    Integração na comunidade

    Se não pode conduzir, peça boleias aos seus vizinhos ou amigos em troca de pequenos favores (por exemplo receber uma encomenda quando não estão em casa). Procure na comunidade serviços de transporte adaptado a que possa recorrer quando necessário.

    Conte como terapeuta ocupacional para:

    -Ajudar a identificar serviços que apoiem a mobilidade na sua zona;
    -Avaliar a sua capacidade para utilizar transportes públicos e serviços de transporte adaptado (por exemplo até que ponto consegue andar até à paragem de autocarro, subir para o autocarro, ler um mapa das paragens…). Fornecer terapia e/ou adaptações caso necessite.
    -Avaliar a sua capacidade para conduzir e referenciá-lo a um especialista caso essa possa ser a opção correcta com treino adicional e/ou adaptações;
    -Recomendar produtos de apoio para melhorar a sua mobilidade (canadianas, andarilhos, cadeira de rodas, entre outros) e treinar a sua utilização, de modo a fortalecer a sua capacidade de se deslocar na comunidade.

    Adaptar-se a problemas de memória, confusão ou concentração

    Deve tentar criar uma rotina diária, fazendo uma lista de tarefas a fazer cada dia e revendo-a frequentemente. Incluir nessa rotina boas noites de sono e pequenas sestas, que melhoram a concentração e a memória. Habituar-se a arrumar as coisas nos lugares próprios pode ser uma grande ajuda pois torna-se muito mais fácil encontrá-las. Pode também criar um plano para gerir a sua medicação.

    Conte com o terapeuta ocupacional para:

    -Desdobrar cada tarefa noutras mais pequenas e fáceis de cumprir;
    -Realizar treino cognitivo para ajudá-lo a recuperar a memória tanto quanto possível;
    – Integrar actividades da vida diária na terapia de forma a abordar aquelas que são mais problemáticas (por exemplo usar o dinheiro ou seguir um horário programado);
    -Trabalhar consigo para desenvolver estratégias que permitam participar nas suas actividades favoritas tanto quanto possível.

    Recuperar de um AVC é um desafio difícil para a pessoa afectada e para os seus cuidadores. Mas é um desafio que não têm de encarar sozinhos. Os profissionais de saúde existem para ajudar. Se  precisa de ajuda na recuperação de um AVC, contacte-nos e marque uma consulta de avaliação grátis (válido apenas até ao final do mês de Março).

    Este artigo foi traduzido e adaptado a partir do texto “Recovering from a Stoke” da American Occupational Therapy Association. Veja o original aqui.

    Ligue agora 966791799 ou envie-nos um e-mail e saiba como podemos ajudar no seu caso.