10 horas
Em Portugal, há 1 792 719 pessoas com pelo menos uma incapacidade, destas quase meio milhão não conseguem de todo executar uma ação, como ver, ouvir, andar, memorizar, tomar banho, vestir-se sozinho e até compreender os outros ou fazer-se compreender. Pelo menos, assim atestam os censos de 2011. Em 2014, o Inquérito Nacional de Saúde estimava que existiam, aproximadamente, 1,1 milhões de pessoas “com 15 ou mais anos [que] prestava[m] assistência ou cuidados informais a outras pessoas que tinham problemas de saúde ou relacionados com a velhice”. Daquelas, “mais de 85 % (948 mil) prestava esses cuidados sobretudo a familiares”, e 470 mil dedicavam a estes mais de dez horas por semana. De acordo com um estudo recente realizado pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, seis em cada dez cuidadores informais não conhecem o Estatuto do Cuidador Informal (ECI), bem como os próprios profissionais. O ECI, lei 100 de 2019, é uma medida de política social muito recente no país e que visa reconhecer os direitos e os deveres dos cuidadores informais e das pessoas cuidadas.
A Associação Nacional de Cuidadores Informais tem atualmente linha de atendimento gratuita de apoio ao Cuidador Informal, recebendo em média 30 atendimentos semanais e pedidos de esclarecimento, percepcionando-se o desconhecimento sobre o Regime Jurídico do Maior Acompanhado, que é necessário acionar no caso todas as pessoas cuidadas que não consigam, um modo consciente, livre e autónomo, sem apoio ou intervenção de outra pessoa, cumprir as suas obrigações, cuidar dos seus bens e exercer os seus direitos.
“Cuidar com Direitos” é um curso de formação especializada com foco nas temáticas do Regime do Maior Acompanhado e Estatuto do Cuidador Informal que permite capacitar os profissionais para um atendimento e aconselhamento esclarecidos e completos aos cuidadores.
729 Saúde – programas não classificados noutra área de formação
Outra formação contínua
Formação à distancia através da plataforma Zoom, em sessões síncronas
Atuar de forma mais eficaz na capacitação dos cuidadores informais, incluindo os cuidadores de pessoas com deficiência, com vista à sua autodeterminação e fortalecimento do conhecimento dos seus direitos.
Identificar a principal legislação que suporta o Regime do Maior Acompanhado
Identificar a principal legislação que suporta o Estatuto do Cuidador Informal
Descrever o processo especial de acompanhamento de Maior
Enumerar princípios e características do Regime do Maior Acompanhado
Descrever o Estatuto do Cuidador Informal
Distinguir medidas de apoio ao cuidador informal
Descrever o processo especial de acompanhamento de Maior
Indicar recomendações para dar início ao processo especial de acompanhamento de Maior
Indicar recomendações para o preenchimento do formulário de requerimento
Descrever a utilidade do Estatuto do Cuidador Informal
Explicar as condições de acesso ao Estatuto do Cuidador Informal
Expor critérios de atribuição de medidas de apoio ao cuidador informal
Organizar informação útil para o atendimento a cuidadores
Reconhecer dificuldades comuns no atendimento a cuidadores
Assumir-se como agente promotor dos direitos dos cuidadores
Motivar-se para um atendimento esclarecido e completo aos cuidadores informais
Técnicos e profissionais da administração pública, central e local;
Profissionais da área social ou da área da saúde;
Profissionais da área da educação/formação/recursos humanos;
Cuidadores formais e informais que pretendem aprofundar conhecimentos sobre os direitos da pessoa cuidada e do cuidador
1 º critério – Ordem de inscrição; 2.º critério – Profissão
Serão utilizados os quatro métodos pedagógicos – ativo, interrogativo, demonstrativo e expositivo – fundamentados em diversas técnicas pedagógicas que serão desenvolvidas em função dos objetivos, dos conteúdos e das competências que se pretendem atingir.
Formativa – Questões ao indivíduo e ao grupo direcionadas às temáticas abordadas; Apreciação da participação nos exercícios práticos propostos; Apreciação da participação em discussões e reflexão crítica. Apreciação da aplicação de conhecimentos em exercícios escritos e exercícios de prática simulada
Sumativa – Teste escrito no final da formação Critérios e ponderação: Domínio de conteúdos 10%; Aplicação de conteúdos a situações concretas 10%; Participação individual 10%; Participação de grupo 10%; Atenção 10%; Aquisição de conhecimentos 50% A classificação final é apurada da seguinte forma: ficha de observação dos formandos 50%+teste de avaliação 50%
Escala de avaliação: 1 – Insatisfaz 2 – Satisfaz 3 – Bom 4 – Muito Bom 5 – Excelente
Os formandos deverão comparecer a pelos menos 80% do tempo total da formação. Essa assiduidade é verificada através da assinatura da respectiva folha de presenças. Os atrasos superiores a 15 minutos, relativamente aos horários estabelecidos carecem de justificação. Compete ao Coordenador de cada formação a aceitação de justificações de faltas apresentadas pelos formandos, registando na folha de presenças se a mesma será justificada ou não.
Em caso de avaliação final positiva, será entregue aos formandos certificado de formação em entidade certificada pela DGERT, emitido através da plataforma SIGO.
Serão utilizados apresentação powerpoint, vídeos, casos para discussão, ferramentas úteis e leituras complementares.
Serão utilizados computadores com ligação à internet.
Rosário Zincke dos Reis – Advogada desde 1987, especialmente dedicada aos Direitos das Pessoas com capacidade diminuída; Formadora, com Certificado de Aptidão Profissional emitido pelo IEFP, desde 2008.
Profissionais: 20 euros
Inscrições gratuitas para cuidadores informais
Titular: Associação Nacional de Cuidadores Informais
IBAN: PT50 0010 0000 5632 4440 00136
A formação realizar-se-á com o número mínimo de 8 formandos inscritos.