Em busca da identidade do Terapeuta Ocupacional
Texto de Fátima Eusébio, Terapeuta Ocupacional
Sou Terapeuta Ocupacional, eu ajudo outros a fazer.
A fazer o quê?
O que eles quiserem!
Poderá ser confuso. Para mim, enquanto Terapeuta Ocupacional, é muito simples até.
Há todo um processo decorrente desta “ideia” de fazer o que o cliente quer.
Mas hoje queria apenas falar deste querer fazer.
Quando há uma pessoa que quer muito fazer alguma coisa, costumam dizer que o “universo conspira a seu favor”. O universo, as pessoas que a rodeiam, a vontade da própria pessoa…
Mas, quando este “universo” não conspira assim tanto a favor ou, mesmo conspirando, a pessoa não consegue realizar aquilo que deseja, há sempre um Terapeuta ocupacional.
O Terapeuta Ocupacional é um “canal”, um veículo, que possibilita que a pessoa consiga realizar aquilo que deseja.
A minha gratificação, enquanto Terapeuta Ocupacional é ver que os outros “conseguem fazer”.
Que conseguem alcançar a prateleira dos copos e tirar um deles, que conseguem colocar terra num vaso com uma pequena pá, que conseguem ligar a um amigo a pedir ajuda quando precisam de falar.
São estas “mini tarefas” que completam uma parte maior, a que chamamos ocupações:
Pôr a mesa, cultivar vegetais em vasos, manter relações interpessoais, são algumas delas
E são estas ocupações, o que elas significam para nós, as pequenas conquistas que fazemos durante a realização das mesmas e o seu meio envolvente, que nos dá um sentimento de realização pessoal.
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