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Date: Novembro 18, 2014

Author: Eu Consigo

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Como convencer a família de que não precisa de ir para um lar

Crédito da fotografia: Shvets Productions

A maioria das pessoas idosas está mais confortável nas suas casas. Se sentirem que não conseguem gerir a sua vida, considerarão a hipótese de se mudarem para uma residência sénior ou um lar. Mas os familiares estão sempre preocupados por causa dos assaltos, das quedas e dos problemas de saúde e por vezes pressionam para que a mudança seja feita antes de ser mesmo necessária. E muitos destes familiares são as mesmas pessoas a quem um dia você mudou as fraldas. Se está nesta situação, continue a ler.

Lembra-se quando eram eles que tinham de convencê-lo a confiar neles? Nessa altura, queria que o mantivessem tão informado quanto possível, e que agissem de forma responsável. Lembra-se como era bom quando se apercebia de que podia realmente confiar? Agora, é a sua vez de fazer o mesmo.

Para manter a sua independência, tem de convencer os seus filhos (ou outros familiares) através do seu comportamento. Adapte o seu comportamento para que eles acreditem que pode viver de forma independente. Eis como:

1-Alimente-se

Não salte refeições. Se tem fome, não coma muito. Mantenha o frigorífico e a despensa bem abastecidos. Livre-se da comida fora de prazo. De vez em quando, convide-os para uma refeição e seja um bom anfitrião.

2-Organize as suas finanças e pague todas as contas

Se quer ser caridoso, dê algum dinheiro para uma caridade, mas só depois de se informar sobre ela. Não dê aos seus filhos razões para pensarem que dá dinheiro a todos os que fazem uma cara triste. Nunca dê dinheiro a pessoas que telefonam ou aparecem em sua casa sem serem convidadas. Peça a ajuda deles para seleccionar serviços que vão a casa e para as maiores operações financeiras (investimentos, transferências avultadas…)

3-Mantenha a sua casa limpa e sem tralha

Viver no meio da confusão pode ser interpretado como um sinal de demência. Peça ajuda e livre-se de mobiliário e objectos que já não usa. Recicle o que puder. Uma casa com menos objectos é mais fácil de limpar, Se não consegue fazer todas as limpezas sozinho, peça ajuda ou contrate uma empregada. Se não tem dinheiro para o fazer, veja se existem serviços de apoio gratuito nos centros comunitários locais.

4-Trate do físico

Vá regularmente ao médico e ao dentista. Tome os seus medicamentos, lave os dentes e exercite-se diariamente. Tome banho regularmente e use roupas lavadas. Frequente sessões de sensibilização que lhe possam interessar, tais como sessões de prevenção de quedas. Vigie o seu peso, tensão arterial e colesterol.

5-Mantenha-se em contacto

Os vizinhos, amigos, clubes, filhos, netos e outros familiares, grupos religiosos ou outros não só contribuem para dar sentido à sua vida como também ficam disponíveis quando precisa de ajuda, animam-no quando está doente e acompanham-no na vida diária.

6- Aceite usar um serviço de alerta

Converse com a família e escolha um serviço que permita alertá-los caso dê uma queda ou se sinta mal, seja a que hora for e onde estiver.

7-Use os serviços comunitários

Existem inúmeras iniciativas das câmaras municipais e de IPSS locais que podem dar-lhe assistência. Por exemplo, pode haver um serviço de transporte que passa à sua porta, refeições entregues em casa, ajuda financeira, serviços de reparações. Se não consegue procurar estes apoios sozinho, não hesite em pedir ajuda ajuda à sua família, amigos, ou à assistente social do seu centro de saúde.

7-Adapte a sua casa

Se a sua casa tem escadas, superfícies escorregadias, tapetes, armários demasiado altos, bancadas que não estão colocadas a uma altura confortável, portas demasiado estreitas para passar com canadianas ou cadeiras de rodas, uma banheira de difícil acesso, ou outras barreiras perigosas, pense que pode sair bem mais barato alterar estas situações do que pagar um lar. Converse com a sua família para o ajudarem a obter o apoio de que necessita, nomeadamente recorrendo a um terapeuta ocupacional.

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Este texto foi adaptado a partir do original de Dr. Patrick Roden, disponível em aginginplace.com

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