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Date: Fevereiro 13, 2019

Author: Eu Consigo

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5 Razões por que admiro os bons terapeutas ocupacionais

Nos últimos anos tenho tido a sorte de conviver com muitos terapeutas ocupacionais, devido ao trabalho que desenvolvo na Eu Consigo. É verdade que tenho encontrado alguns menos bons, quer tecnicamente, quer enquanto pessoas. Mas entre tantos que tenho conhecido, uma ideia permanece: quando se encontra um bom terapeuta ocupacional, essa pessoa está destinada a fazer grandes coisas e a mudar muitas vidas para melhor.

Seja porque são incrivelmente picuinhas e obcecados pelo que fazem, porque não desistem de saber sempre mais, porque investem como ninguém na relação com o doente, porque verdadeiramente se importam com o impacto que têm na vida das pessoas, ou talvez simplesmente porque quem escolhe esta profissão tem de ter algo de especial, os terapeutas ocupacionais, quando atingem um certo grau de maturidade, confiança e experiência, são mesmo (e deveriam ser muito mais) peças fundamentais no panorama da saúde em Portugal.

Terapeutas ocupacionais trabalham com pessoas e não com diagnósticos

Ao contrário da generalidade dos profissionais de saúde (que me perdoem a crítica, mas é verdade), que se referem aos pacientes usando os rótulos do diagnóstico que cada pessoa traz consigo, os bons terapeutas ocupacionais, fazendo uso da visão holística característica da profissão, vêem em cada paciente uma pessoa inteira, em todas as suas dimensões. A pessoa deixa de ser a sua doença e passa a ser única e valiosa perante o profissional de saúde.

Terapeutas ocupacionais vislumbram para além do óbvio

Pensar e agir fora da caixa é para os bons terapeutas ocupacionais algo de natural. Todos os dias eles encontram soluções inovadoras para lidar com as limitações dos seus clientes, por exemplo concebendo adaptações, treinos e estratégias à medida do que o cliente precisa para lidar com as dificuldades que encontra no seu dia-a-dia. No entanto, o terapeuta ocupacional tem também de ser capaz de usar a sua criatividade para se reinventar de cada vez que um cliente com demência o expulsa de casa ou que um jovem com adição regride no caminho terapêutico que estava a percorrer. Não é um trabalho fácil mas alguém tem de o fazer…

Terapeutas ocupacionais nunca baixam os braços na divulgação da profissão

Os terapeutas ocupacionais lutam diariamente contra a falta de conhecimento da maioria das pessoas sobre o que é e para o que serve a terapia ocupacional. São frequentemente confundidos, por exemplo, com fisioterapeutas e com animadores socioculturais. Isto acontece em parte porque o espectro da intervenção do terapeuta ocupacional é tâo amplo, abrangendo pessoas de todas as idades (literalmente do nascimento ao último suspiro) e com praticamente todas as patologias ou limitações (físicas, intelectuais, psicológicas), que acaba por ser difícil compreender o que fazem estes profissionais. Muitas vezes nem os colegas das equipas interdisciplinares nas quais se integram têm o conhecimento necessário sobre a profissão. Assim, os bons terapeutas ocupacionais assumem um duplo papel, o de profissionais de saúde e o de divulgadores, lutando sempre para que mais pessoas conheçam (e reconheçam) a importância que terapeuta ocupacional pode ter.

Terapeutas ocupacionais não fazem o trabalho de outros profissionais nem deixam que outros profissionais façam o seu

No seio das equipas em que trabalham, os bons terapeutas ocupacionais defendem o cumprimento de funções de terapia ocupacional exclusivamente por técnicos habilitados (hoje em dia com licenciatura, pelo menos) e com cédula profissional. Da mesma forma, não aceitam ser contratados como monitores, animadores, ou outras designações, nem aceitam fazer trabalho que não seja exclusivamente da sua área porque sabem que dessa forma estariam a contribuir para a confusão de papéis que é preciso clarificar.

Terapeutas ocupacionais investigam e partilham conhecimento

Os melhores terapeutas ocupacionais são aqueles que, para além de terem o conhecimento técnico, a maturidade e experiência num determinado campo profissional, se dedicam à investigação do que de melhor se faz internacionalmente no âmbito da sua prática e partilham esse conhecimento com colegas e com a população em geral. São estudiosos por natureza, fazem e dão formações, pertencem a grupos de interesse, associam-se e discutem o futuro da profissão.

Os bons terapeutas ocupacionais que conheço – e já são muitos – são pessoas suficientemente corajosas e aventureiras para diariamente aceitarem o desafio e a responsabilidade de ajudar o outro; mas suficientemente humildes para reconhecerem que é no outro que as soluções se encontram.

E você, já conhece um bom terapeuta ocupacional?

Texto de:

Patrícia Protásio Gestora de Formação Eu Consigo

Patrícia Protásio

(Gestora de Formação)

Com formação em Comunicação Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Marketing pelo Instituto Português de Administração e Marketing e em Copywriting pela Lisbon Ad School, assume funções de planeamento estratégico e gestão da formação, coordenando a equipa de formação desde 2017. É co-fundadora da Eu Consigo.

patricia@projectoeuconsigo.pt

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